O arte-educador holandês Peter Jansen assistiu as cenas de slow motion do  filme Matrix várias vezes para captar o processo de composição visual do corpo em movimento. Físico e filósofo, Jansen faz esculturas que são estáticas e dinâmicas ao mesmo tempo.

O interessante desse trabalho não é apenas o resultado impressionante das esculturas, mas também o quanto a imagem revela sobre o deslocamento dos corpos e o nosso nível de consciência. A escultura acima  é a representação de um corpo em deslocamento enquanto caminha… apenas um passo. O que a imagem te faz pensar?

O poeta Ferreira Gullar, em ¨Traduzir-se” expressa bem em palavras uma das reflexões que o trabalho de Jansen desperta:

“Uma parte de mim é permanente: outra parte se sabe de repente (…)”

A seguir algumas esculturas da série Human Motions e um vídeo feito pelo próprio Jansen de um corpo realizando um movimento de arte marcial, posteriormente traduzido em escultura.