Me diga com quem namoras e eu te direi como estão os seus hábitos?

(Foto de Henrik Sorensen)

 

O fotógrafo conceitual Henrik Sorensen diz que uma ideia é tudo, mas sem o talento de transformá-la em uma imagem visualmente forte não é nada. O conceito de trabalho desse talentoso artista dinamarquês de fato pode ser percebido e sentido nas imagens cuidadosamente produzidas por ele.

Colocamos aqui no blog da Ekiness essa foto de Sorensen porque ela expressa muito bem o tema deste post em homenagem ao dia dos namorados.

Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença… sim os casais, ainda mesmo quando são namorados, hetero e homossexuais, influenciam-se quando o assunto se refere a hábitos e estilo de vida.

Um dos grandes desafios dos relacionamentos é ser capaz de manter a própria individualidade e ao mesmo tempo compartilhar com o outro, sonhos, ideias, projetos, momentos… tantas coisas em comum. Nessa dinâmica de parceria, os hábitos muitas vezes, também passam a ser compartilhados e a influenciar o(a) parceiro(a)..

Sedentarismo, fumo, hábitos alimentares, consumo de bebidas alcoólicas, rotina de sono, acompanhamento médico, odontológico… os casais se influenciam muito mais do que imaginam ou percebem. Você mudou algum hábito depois que começou um relacionamento?

Muitas são as pesquisas que tem demonstrado a força da influência mútua em uma relação… influência essa que pode ser mais ou menos saudável. A revista americana em uma matéria recente, alertou sobre o fato de que a influência para os hábitos que levam as pessoas ao sedentarismo e escolhas pouco saudáveis em uma relação é mais forte. Por isso vale o alerta, amar alguém mas estar colado a tudo que o outro faz pode ter um preço alto para a própria saúde física e emocional. Mas se você acredita ter hábitos mais saudáveis que seu parceiro(a) , querer mudar o outro sem que ele(a) também queira não funciona, você já deve saber disso. O que fazer?

Em uma data onde se celebra os relacionamentos, vale a reflexão sobre a forma como o amor é expresso no cuidado que dedicamos a nós mesmos e ao outro também. Do quanto é positivo ser influenciado por novas rotinas mais saudáveis que esse(a) parceiro(a) nos estimula, mas também como devemos ficar atentos ao lado menos saudável impulsionado pelas nossas fragilidades e dependências.

A seguir, a interessante palestra da antropóloga Helen Fisher sobre esse tema tão  delicioso e complicado: o amor.